GMC ON LINE
A crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus
parece não ter assustado um setor que só assiste crescimento e conquistas em
Maringá. Com cerca de 1,3 mil vagas de emprego previstas para serem abertas em
2021 e empresas investindo em novas e vultuosas sedes, a Tecnologia da
Informação (TI) tem potencial para dentro de três anos ser a principal área
produtiva do município.
No Parque Tecnológico de Maringá, espaço de 170 mil metros
quadrados localizado na Avenida Arquiteto Nildo Ribeiro da Rocha, estima-se
investimentos privados iniciais na ordem dos R$ 50 milhões envolvendo as oito
primeiras empresas que já anunciaram a construção de novas sedes no local.
O presidente da Software by Maringá (SbM), Robinson
Patroni, sacramenta 2024 como o prazo máximo para que o parque tecnológico
esteja com dezenas de empresas em plena atividade. Mas, se depender da vontade
dos investidores, essa realidade poderá ser assistida ainda antes pelos
maringaenses.
Com um investimento de R$ 5 milhões, a Accion vai ser a
primeira empresa a construir no Parque de TI. A previsão é que as obras comecem
ainda neste ano. O prédio, com quatro andares, terá 1,6 mil metros quadrados e
será construído em um terreno de 2,8 mil metros quadrados, com frente para a
avenida.
O Grupo TecnoSpeed é outro que anunciou sua ida para o
Parque de TI. Já na etapa de projeto construtivo, a expectativa é que as obras
sejam concluídas em 2022, de acordo com Erike Almeida, fundador e CEO da
empresa que é conhecida como a “Casa do Desenvolvedor de Software”.
Projeção em 3D da futura sede da TecnoSpeed, uma das oito
empresas que já anunciaram instalação no Parque de TI de Maringá, localizado na
Av. Nildo Ribeiro. Crédito: Divulgação
A nova estrutura, revela Almeida, contará com refeitório,
área gourmet, academia, auditório e espaços de convivência, além de ambientes
voltados à integração dos colaboradores, formação de novos talentos,
capacitação, eventos, estímulo à inovação e novos negócios.
“Queremos ser pioneiros e estarmos alinhados com esse
processo histórico que está acontecendo no setor de TI da nossa cidade”, revela
o CEO, que comemorou recentemente a pesquisa que apontou Maringá como a melhor
cidade para se viver do País.
“Isso vem ao encontro do nosso setor e estimula a vinda de
funcionários altamente capacitados de outros lugares do País. Hoje, no setor de
TI, há uma certa exigência de ambientes de trabalho que ofertem qualidade de
vida a todos os funcionários. E quem trabalha em Maringá hoje pode ter isso
dentro e fora da empresa”, diz.
“Estamos contratando”
Na contramão da crise brasileira e seus quase 15 milhões de
desempregados, o setor de TI de Maringá vive um paradoxo e tem dificuldade para
contratar pessoas que atendam a todos os requisitos relacionados pelas empresas
contratantes. Robinson Patroni, presidente da SbM, encara esse fator como um
dos desafios a serem vencidos pelo setor nos próximos anos.
“Precisamos treinar pessoas para estarem aptas a exercer
posições dentro das empresas de TI urgentemente, e o mundo cada vez mais
digital vai nos obrigar a aumentar a relação que temos entre nossos sistemas e
o cotidiano”, afirma Patroni. E sobre vagas de emprego, engana-se quem pensa
que estas são direcionadas apenas para programadores e analistas de sistemas.
Erike Almeida, da TecnoSpeed, também diz sentir dificuldade
para contratar. Uma das soluções, então, foi capacitar antes de efetivar. “Para
atender o crescimento da empresa, a gente busca profissionais experientes, mas
também em formação. Neste sentido, hoje temos 25 alunos fazendo cursos de forma
remota, e os melhores da turma serão selecionados para atuarem na empresa.”
Ousados
Com projeto orçado em R$ 20 milhões só na primeira fase, a
DB1 Global Software, que atua como fábrica de software e desenvolvimento de
sistemas sob demanda, deverá inaugurar em breve sede própria no Parque de TI de
Maringá. Para atender as projeções que apontam crescimento de 45% da empresa
para os próximos três anos, as vagas de emprego também são recorrentes por lá.
Além de programadores e analistas, setor de TI busca
profissionais de diferentes áreas, como engenharia, contabilidade, psicologia e
direito. Crédito: Divulgação
Em um primeiro momento, serão abertas 670 vagas, mas a meta
é atingir o número de três mil empregos diretos.
“Temos metas audaciosas a partir da nova sede própria.
Estes três mil postos de trabalho favorecerão um faturamento de R$ 500 milhões
por ano e um investimento de R$ 250 milhões só em salários, além de R$ 50
milhões em impostos diretos”, projeta Ilson Rezende, fundador e presidente do
Grupo DB1
Por Wilame Prado - GMC ON LINE
Nenhum comentário:
Postar um comentário